O Poder dos Influenciadores: A Formação de Percepções e Bolhas Sociais
- Juan Garcia Santana
- há 16 minutos
- 2 min de leitura

Os influenciadores digitais se tornaram referências para milhões de pessoas, seja no entretenimento, na moda, na política ou nos negócios. Cada nicho tem seus líderes de opinião, capazes de mobilizar seguidores e definir tendências. No entanto, o impacto de suas mensagens não ocorre de maneira aleatória—ele encontra públicos prontos para absorvê-las dentro das bolhas digitais criadas pelo próprio ambiente das redes sociais.
A leitura do mundo antes da leitura da palavra
Paulo Freire nos lembra que "a leitura do mundo precede a leitura da palavra", ou seja, nossa percepção da realidade antecede qualquer interpretação textual. Isso significa que, antes mesmo de consumirmos um conteúdo, já carregamos filtros mentais que influenciam como iremos interpretá-lo.
Esse conceito é essencial para entender por que diferentes públicos reagem de formas tão distintas às mesmas informações. Se um influenciador transmite uma ideia que reforça crenças já estabelecidas entre seus seguidores, a mensagem será absorvida quase sem resistência. O contrário também ocorre: quando uma opinião desafia a visão de mundo de uma determinada comunidade digital, a tendência é que seja rejeitada ou duramente criticada.
As bolhas digitais e o reforço de percepções
As redes sociais criam algoritmos que priorizam conteúdos semelhantes aos que o usuário já consome, reforçando um ciclo em que o indivíduo é constantemente exposto às mesmas ideias e influências. Com o tempo, isso gera um fenômeno de visão limitada, onde informações externas parecem menos confiáveis ou até ameaçadoras.
O problema não está na existência de nichos, mas na falta de diversidade de perspectivas. Se um jovem segue apenas influenciadores que compartilham uma visão específica de mundo, dificilmente terá contato com outras interpretações. Da mesma forma, empreendedores que seguem um único grupo de mentores podem acabar enxergando o mercado de forma parcial e pouco adaptável.
Como podemos romper essas bolhas e ampliar nossa percepção da realidade?
Siga nosso seguinte artigo sobre o tema.
Me. Juan Garcia Santana
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