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O blog SINAPSE CULTURAL é um canal de compartilhamento de ideias, opiniões e conhecimentos sobre Educação, Arte, Cultura, Informação, Política, Saúde e Comportamento, nas suas complexas formas e manifestações.
Por:
*Jussara Prates

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Se você está lendo este texto é porque foi atingindo pelo toque da magia. Sim, pode acreditar! Um ser mágico, dotado de sabedoria e encantamento, tirou-lhe do mundo da ignorância e deu sentindo a todos os símbolos, letras e números que insistiam em aparecer de todos os lados. Você aprendeu a ler! Quando isso aconteceu, deve ter percebido que sua vida foi redimensionada, já não era mais um “estrangeiro” e agora todas as placas, rótulos, caixas, livros, manuais e instruções ganharam sentindo.
A criança em fase de alfabetização vive numa época de encantamento e quando ela ultrapassa a linha do “não sei ler”, é que a magia acontece. Alfabetizar é uma das funções mais fascinantes e inexplicavelmente essencial na nossa vida. É um trabalho que exige precisão, dedicação, comprometimento e, sem dúvida, um pouco de poderes mágicos.
Ao ser alfabetizada, a criança é habilitada a percorrer e explorar o fantástico mundo do conhecimento, pois a partir de agora ela terá condições de agregar novas aprendizagens e vivências. Nessa caminhada, inúmeros desses seres fantásticos, os professores, contribuirão para a formação de muitas gerações.
A profissão de professor exige esforço, preparo, conhecimento, pesquisa, tempo, dedicação, compromisso, comprometimento, habilidades emocionais, afetividade e empatia. É um trabalho que exige inúmeras habilidades num único profissional, logo, deveria ser uma profissão mais valorizada na sociedade e melhor remunerada.
Ser ou não ser professor tem sido um dilema para muitos profissionais. Se de um lado, nutrem a paixão pela profissão, de outro, se deparam com a realidade das políticas educacionais no país, que não oferecem estrutura, condições nem remuneração adequadas, para o pleno exercício do trabalho.
Ao longo da história da educação brasileira, o professor foi confundido com um “sacerdote da educação”, profissional que deveria servir a sociedade de maneira abnegada, ou seja, sem se preocupar com os baixos salários.
Seguidamente ouvimos alguém falar “Professor não é profissão, é vocação”, essa visão romântica da profissão apenas serve para perpetuar uma cultura de que o professor escolhe o ofício somente por amor, e não por nele enxergar oportunidades de crescimento profissional e pessoal. É claro que a profissão de professor exige amor!
Sem ele não haveria a magia de “ensinar e aprender”, mas a valorização é imprescindível para motivar este profissional que concentra tantas habilidades.
No fantástico mundo da educação, é o trabalho do professor que permite que meninos e meninas possam seguir diferentes caminhos, levando-os a um futuro promissor, formando cidadãos capazes de promover transformação social. Educar para transformar. Essa é a verdadeira magia!
* Jussara Prates é escritora, pesquisadora e produtora cultural, transita em diversas áreas da cultura com obras publicadas sobre educação, projetos escolares, educação antirracista, história, história de municípios, literatura, diversidade e educação para o patrimônio. Ativista pela democratização e acesso a cultura é defensora da educação para o patrimônio como forma de valorização e apropriação do patrimônio cultural como elementos geradores de cidadania e identidades. Foi membra do Colegiado Setorial de Memória e Patrimônio do Rio Grande do Sul, trabalhou na área da Gestão da Cultura, foi uma das idealizadoras e Diretora do Museu e Arquivo Municipal de Portão. Coordenadora dos processos de tombamento do primeiro Patrimônio Natural, o Pinheiro Multissecular e do primeiro Registro de Patrimônio Imaterial, o Festival Internacional de Folclore e uma das Curadoras do Memorial Histórico do Parque do Imigrante, todos em Nova Petrópolis/RS. Foi Diretora de Cultura e Secretária Adjunta de Educação, Cultura e Desporto de Nova Petrópolis. É Conselheira de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul, participou como conselheira da 6ª Conferência Estadual de Cultura e representou o CEC/RS na 4ª Conferência Nacional de Cultura em Brasília, atuando ativamente na construção da Política Nacional de Cultura. Atualmente exerce a função de secretária da Diretiva do Conselho Estadual de Cultura/RS.
**Historiadora, Bióloga, Conservadora e Restauradora de Acervos, Pós -graduada em Gestão de Arquivos; Supervisão Educacional; Coordenação Pedagógica; Ecologia e Desenvolvimento Sustentável; Botânica; Zoologia e Diversidade, Cultura e Etnicidade
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